sexta-feira, 21 de junho de 2013

Charles Chaplin


Ternura

Ternura


Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.

Vinícius de Moraes

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Tempo


A situação não corresponde aos pensamentos
Os fatos não correspondem as vontades
As vontades se frustam pelo tempo, e ele segue seu curso.
Ele não perdoa :
 O TEMPO NÃO PARA.        
                                                                    Dirlei Rezende